Biomédicos em procedimentos de Harmonização Facial

O Biomédico Esteta pode Atuar em Harmonização Facial?

Os biomédicos podem realizar procedimentos estéticos de harmonização facial de acordo com a legislação de cada país, desde que estejam devidamente qualificados e autorizados. 

No Brasil, a lei que regulamenta a atuação dos biomédicos na área da estética e permite a realização de procedimentos de harmonização facial é a Lei nº 13.643, de 3 de abril de 2018.

Essa lei acrescentou dispositivos à Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, que dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de biomédicos e farmacêuticos. Com a nova legislação, os biomédicos passaram a ter competência legal para atuarem na área de estética, desde que observem as normas técnicas e éticas estabelecidas pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e pelos conselhos regionais.

A Lei nº 13.643/2018 reconhece a habilitação dos biomédicos para a realização de procedimentos estéticos invasivos.

A razão pela qual os biomédicos podem realizar esses procedimentos está relacionada à sua formação acadêmica e habilidades técnicas.

Os biomédicos são profissionais da área da saúde que possuem conhecimentos em diversas disciplinas, incluindo anatomia, fisiologia, bioquímica e farmacologia. Além disso, eles são treinados em técnicas de diagnóstico e terapia, o que lhes confere habilidades clínicas e práticas relevantes para a realização de procedimentos estéticos.

No caso específico da harmonização facial, os biomédicos podem realizar uma série de tratamentos, como aplicação de toxina botulínica (botox), preenchimento facial com ácido hialurônico, fios de sustentação, entre outros. Esses procedimentos visam melhorar a estética facial, corrigir assimetrias, suavizar rugas e promover um aspecto mais jovem e harmônico.

É importante ressaltar que os biomédicos devem operar dentro dos limites de sua competência e conhecimento. Eles devem seguir as diretrizes e normas estabelecidas pelas autoridades reguladoras de saúde do seu país, assim como qualquer código de ética profissional aplicável. Além disso, em casos mais complexos ou quando há necessidade de intervenções cirúrgicas, é possível que seja exigida a colaboração com outros profissionais, como médicos especialistas em cirurgia plástica.

Além dos biomédicos, outros profissionais da saúde podem atuar com harmonização facial, dependendo da legislação e regulamentação específica de cada país. Alguns dos profissionais que podem realizar procedimentos de harmonização facial incluem:

• Médicos: Os médicos, em especial os especialistas em dermatologia e cirurgia plástica, têm formação acadêmica e habilidades clínicas para realizar procedimentos estéticos faciais. Eles são treinados em anatomia, fisiologia e técnicas cirúrgicas, o que lhes confere conhecimento e experiência na área.

• Cirurgiões-dentistas: Os cirurgiões-dentistas também podem atuar na área da harmonização facial, especialmente em procedimentos relacionados à odontologia estética, como preenchimentos labiais e aplicação de toxina botulínica para tratamento de bruxismo ou sorriso gengival. Eles têm conhecimento em anatomia facial e habilidades relacionadas à região bucomaxilofacial.

• Farmacêuticos: Em alguns países, os farmacêuticos têm a possibilidade de atuar na área da estética facial, realizando procedimentos como aplicação de toxina botulínica e preenchimento facial. No entanto, as regulamentações variam e é necessário verificar a legislação específica de cada país.

• Enfermeiros especializados: Em certas jurisdições, enfermeiros com especialização em estética ou estética dermatofuncional podem realizar alguns procedimentos de harmonização facial, como aplicação de toxina botulínica e preenchimentos dérmicos. Eles devem ter treinamento adequado e atuar sob supervisão médica, conforme exigido pelas leis e regulamentos locais.

É importante destacar que, independentemente da profissão, os profissionais de saúde devem seguir as regulamentações e normas estabelecidas pelos órgãos reguladores e conselhos profissionais em seu país. Eles devem ter a formação adequada, atualização contínua e exercer a prática dentro dos limites de sua competência e conhecimento, priorizando a segurança e o bem-estar dos pacientes.